De acordo com Walter Kaye, da Universidade de Pittsburgh, sentir fome deixa qualquer um nervoso - mas sentir muita fome pode ter o efeito oposto. Para Kaye, a inanição impede que chegue ao cérebro uma substância conhecida como triptofano - essencial para a produção de uma molécula estimulante chamada serotonina. "Ao comer menos, as anoréxicas reduzem a atividade da serotonina no cérebro. Isso cria uma sensação de calma, ao mesmo tempo que elas estão morrendo de desnutrição."
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Pesquisadores da universidade americana de Virginia acompanharam 2.163 gêmeas. Descobriram que 77 delas sofriam da doença. Os cientistas observaram que a ocorrência de anorexia era mais comum entre as gêmeas idênticas que entre as não-idênticas. Concluíram, portanto, que mais de 50% do risco de desenvolver o distúrbio pode ser atribuído aos genes. Outros trabalhos isolaram uma área específica do genoma humano em que ocorrem mutações que podem influenciar o surgimento da doença.
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"... Se nos aprofundarmos nesta idéia vamos encontrar autores e teorias que associam anorexia a uma vontade de permanecer na infância, de não crescer, um medo de amadurecer."
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"A verdade é que nos últimos anos e embora a classificação internacional das doenças mentais ainda defina a anorexia como uma patologia do comportamento, algumas teorias mais recentes apontam para que este distúrbio comece a ser visto como tendo por base uma dependência."
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As alterações na cognição, levando a sentimentos de angústia e resultando em comportamento anormal, são as causas dos transtornos alimentares (Garfinkel e Garner, 1982). A perda de peso pode ser vista como alívio para a angústia e inquietação.
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Exposição hormonal no útero pode ser causa de anorexia: Estudo britânico acredita que a doença pode surgir devido a uma forte exposição hormonal dentro do útero. A pesquisa foi efectuada por investigadores da Universidade de Sussex, afirmando que uma produção elevada de estrogénio pelas mães pode afectar a estrutura cerebral do bebé, tornando-o mais susceptível de vir a desenvolver um distúrbio alimentar.
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"... as alterações hormonais que ocorrem durante a puberdade e as disfunções de neurotransmissores cerebrais, tais como a dopamina, a serotonina, a noradrenalina e dos peptídeos opióides podem levar a um quadro de anorexia..."
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Segundo Buckroyd (2000), estas pessoas precisaram desenvolver um quadro de anorexia nervosa para resolver um conflito interno. Só que, como este conflito está procurando ser resolvido fora do tempo, depois de ter sido reprimido e bruscamente despertado, ele manifesta-se sob a forma de uma doença psíquica.
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O que a anoréxica deseja é ser magra, não necessariamente para ser bela, e sim para demonstrar outro tipo de poder: o de controle sobre si mesma.
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