sábado, 14 de janeiro de 2012

Caçador sexy

Adoro o cheiro que o Henry tem quando volta da caça. Eh um misto de pòlvora, òleo para espingarda, terra molhada e mato que me deixa looouca.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O portugues 'meia boca' do Henry

Ele chega em casa todo feliz, com um ferro nas maos, dizendo em portugues:
- Eu comprei un "contro robo" para o teu pai!
- Cosa?
- Eu-comprei-un-contro-robo-para-u-teu-pai!
Ele me mostrou a coisa pra ver se eu descobria o que era... mas para mim parecia sò um ferro torto...
- O que è isso?
- Eh um "contro robo brasileiro"!
- O que???
- Um "contro robo"!!
Putaqueopareu. Decidi perguntar pra que servia:
- E pra que serve??
- Eh pra ninguem "robà" o carro do teu pai!
hahahahaha

Entendeu? Ele comprou um ANTI-FURTO!!!

Vontade de morder =)

Minha mudança de personalidade e os venezianos loucos

Somente quando vou ao Brasil percebo o quao arrogante e prepotente me tornei. Aqui em Venezia isso passa desapercebido, porque todo mundo è assim. Quando chego no Brasil e me deparo com toda aquela gente simpatica, bem-humorada, humilde e educada vejo que me olham como uma mejera. Mas eu sò me dou conta depois, jà que aqui ser prepotente e mal-educada è normal, aliàs, necessàrio para sua sobrevivencia.

Quem me conheceu no Brasil sabe que eu tinha um insuportàvel jeitinho "Sandy-Grazzi Massafera". Eu sei que tem gente que gosta mas eu acho essas duas insuportàveis e perder esse jeitinho Sandy è uma das coisas que considero boa desses tres anos e meio de Italia.

Percebi que teria que mudar meu jeitinho Sandy quando um velho nojento de 80 anos tentou me beijar. Era um comerciante e enquanto eu explicava para ele o que eu queria (com meu jeitinho doce e meigo) ele se apoximou, me pegou pela cintura e quando eu vi ele jà tava praticamente com a boca quase encostada na minha.

Isso ainda foi na Lombardia e foi ali mesmo que perdi meu jeitinho doce, porque nao aguentava mais ter estranhos colados em mim e me perseguindo o tempo todo.

Depois, quando cheguei em Venezia, eu nao era mais doce mas ainda era muito educada. Porèm com o tempo vi que aqui as pessoas nao te respeitam se voce for educado. Um exemplo? Se alguem entra na sua frente em uma fila (coisa corriqueira aqui na Italia); se fosse no Brasil bastaria sorrir e dizer baixo: "desculpa, mas eu tava aqui primeiro". Jà passei por isso no Brasil e nesses casos a pessoa pede desculpa, explica que estava distraida ou que nao tinha te visto e vai para o fim da fila. Aqui na Italia, se voce diz a mesma coisa  (com um sorriso nos labios) as pessoas te olham e te ignoram. Fazem de conta que voce nao està ali e continuam na sua frente como se nada fosse.

Observando o comportamento dos venezianos, descobri que precisa ser mal-educado com eles, caso contràrio eles nao te respeitam.

Hoje, se alguem entra na minha frente na fila, eu faço um barraco. Grito alto, faço cara feia, xingo, digo palavrao, um barracao mesmo. Fazendo isso eles pedem desculpa "com a mao" (italiano costuma pedir desculpa mexendo a mao, como se estivesse dando tchau) e saem de fininho.

Eu dei o exemplo da fila porque è o que acontece com mais frequencia, mas no transito tambem è assim. E quando voce vai nas lojas, tambem. Tipo, se eu nao sei o nome do que eu quero comprar e tento explicar ao vendedor o que è, ele faz logo cara feia, começa a mexer as maos (italiano gesticula que è uma coisa de louco) levanta a cabeça e grita, todo prepotente:

- Ehhhh*... sem o nome como eu faço? Adivinho?

Antes eu abaixava a cabeça e ia embora. Agora eu levanto a cabeça, começo a mexer freneticamente as maos, alço a voz e faço a mejerona:

- Ehhhh*... mas nao è esse o seu trabalho? Ou pagam seu salàrio pra que? Ehhhh*

O incrivel è que no Brasil, se voce respondesse assim, seria pior. Aqui em
Venezia a pessoa sorri e te dà atençao. Sei là, parece todo mundo louco, masoquista, gente que gosta de ser tratado mal.

De vez em quando, quando trabalho como caixa, è a mesma coisa. Se eu fico quieta, a pessoa continua me ofendendo e sendo prepotente. Se eu alço a voz e mando ela ir tomar naquele lugar, ela fica quieta, e sorri como se nada tivesse acontecido.

O que se passa na cabeça dessa gente?

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(*): O "Ehhhh" nao è uma reticencia, como alguem que diz "hun, vejamos..." O "Ehhh" è um som em um tom desagradavel que os italianos fazem que quer dizer: "Ei, seu ignorante!"

PS: Se voce sai de Venezia, o comportamento das pessoas jà mudam. Se voce vai a um lugar muito luxuoso, tambem. Misteriosamente, quando se trata do meu trabalho nas festas, as pessoas sao estranhamento bem-educadas. Sei là, talvez as festas as relaxam...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Meu amigo mafioso

Voces lembram quando eu falei que eu tinha um amigo mafioso? Voces acharam que eu tava brincando, nè?

Olha ele aqui:

Foi o dia em que fomos ao Restaurante Brasileiro


Todo fim-de-semana tem show!
 O lance de ser mafioso era brincadeira, obviamente. Esse è nosso melhor amigo, Gianni. Voglio bene esses caras, cada um da sua forma, mas voglio bene tutte e due!

 Patrizia, minha linda! Como è bom estar junto com esses dois!

 Esse foi o dia em que fomos a um lugar diferente: Eh uma espècie de Restaurante (Na verdade è um hangar), se chama "Club da Laura". Nao è muito conhecido, fica à beira de um rio. Posso dizer que ali se come peixe fresco, selvagem, sem pagar os absurdos que os restaurantes venezianos cobram. Adorei!

No meio a Dona Laura, cozinheira e proprietaria do Club. (Se chama club porque sò os sòcios podem comer ali). No dia, comemos muito bem: Verdura frita, polenta com sugo de frutos do mar, espaguete com frutos do mar e pra terminar um peixe grelhado. Tudo fresco, pescado pelos pescadores locais. Comemos em quatro e gastamos R$ 200. Parece muito mas pra Veneza è quase nada, visto que sò foi servido peixe fresco.

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Tao curiosos pra saber o que tem na travessa? (prepotente, eu??)
Eh isso aqui, ò:
Deu fome ou deu nojo?
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PS: O post sem sentido aì de baixo foi para mostrar a um cliente os trabalhos que faço.
By Gisa