sábado, 7 de julho de 2012

Gente, o Henry tà sem noçao!

- Henry, tà tudo certo pra viagem à Floripa, falta sò vc ver as fotos da pousada pra eu confirmar.
- Afff! A gente tem mesmo que ir pra Floripa?
- Mas foi voce que disse que queria ver a Lagoa da Conceiçao, criatura!
- Ehhh... mas sò porque voce fez muita publicidade! Eu queria mesmo era ir ao Rio!

2 dias depois...

- Henry, vem olhar a foto do Hotel no Rio pra ver se vc gosta...
- Nao quero Hotel, quero pousada.
- Mas no Rio a gente sò vai ficar dois dias!
- Se è pra ficar em Hotel eu nao vou!
- Tà bom, melhor pra mim, assim a gente vai pra Floripa...

1 dia depois...

- Rony, vem ver! Achei a pousada perfeita! Olha que gracinha, chama "Favelinha"!

A criatura fica toda feliz porque achou a pousada bem do jeitinho que queria: no meio de uma favela em um dos morros do Rio de Janeiro! 

Mas voces pensam que ele se acontenta? NAAAAO

Hoje de tarde...

- Olha sò Rony: tem algumas pessoas que te levam pra fazer um Tour dentro da favela todinha!

E assim eu vejo tudo: pousada, favela tour e passagens. Jà tà tudo decidido, sò falta ligar pra reservar. O Henry enfim vai conhecer o Rio e o sonho da sua vida: a favela carioca

Ele podia se conformar mas voces pensam que ele se acontenta? NAAAAO

10 minutos atràs...

- Rony, eu tava pensando...
- O que?
- Essa favela aì onde eles vao levar a gente  è completamente segura porque tà em "paz" nè?
- Sim, ela jà foi "pacificada".
- Hun... 

A criatura poe a mao no queixo, olha pra cima e fica pensando... 
Eu concluo que ele tà tomando juizo, enfim entendendo os riscos que corre... ... E aì a criatura solta a pèrola:

- Mas eu quero ir a uma favela que ainda nao foi "pacificada"!

- Ou seja, tà querendo tomà bala perdida a qualquer custo mesmo, nè nao, abestado?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sò porque tenho sobrenome alemao... (Atualizado)

... sou nazista!
Vamos ao causo:

Tem um restaurante brasileiro aqui na Terraferma onde o churrasco era um arraso. Tipo, o churrasqueiro, brasileiro, fazia uma carne que era uma perfeiçao. Semana passada fomos ao restaurante novamente e...

... Quando chegamos no restaurante jà vi que o churrasqueiro era outro: era um garoto indiano.

Abre parentesis:
Vejam bem, mas vejam MUITO bem mesmo, senhoras e senhores: nao uso o termo "indiano" como ofensa. Eh a nacionalidade do cara. Eu poderia ter dito: "era um alemao" ou "era um japones", de acordo com a nacionalidade dele. Aqui na Italia dà pra perceber a nacionalidade de quase todo mundo porque aqui nao teve a miscigenaçao que teve no Brasil, entao quando as pessoas usam a nacionalidade de uma pessoa para falar dela, nao è um ato ofensivo, è... como posso dizer, um referimento. Nao è como no Brasil, que o povo diz: "Eh um argentino" e o povo jà faz aquela careta.
Por exemplo, aqui no prèdio eu sou a "brasileira": "Voce sabe se a brasileira tà em casa?" 
E a senhora que mora na frente de mim è a "russa": "Eu guardei a correspondencia da russa porque tava caindo tudo no chao, quando ela chegar voce avisa que tà comigo?"
 Entenderam?
Aqui eu nao sou a "Rony que trabalha com baloes", eu sou a "brasileira que trabalha com baloes". Eu nao ligo, quando eu reclamo do preconceito das pessoas nao è disso que eu to falando.

Fecha Parentesis

Entao, voltando ao assunto, o novo churrasqueiro è indiano mas sò que ele nao tem a menor ideia de como se faz e serve um churrasco. Entao ele trouxe carne cru - que encheu nossos pratos de sangue-, depois trouxe carne tao passada que a gente nao conseguia morder, depois trouxe o doce no meio do rodizio, e depois voltou com a carne de novo. A impressao que eu tive foi que os donos do restaurante pensaram "ele sabe fazer kebab, churrasco è a mesma coisa" e jogoram o pobre coitado là, sem explicar o que era rodizio, nem como funcionava, nem como servia, nem nada. O rapaz atè tinha boa vontade e era muito simpatico... mas nao sabia nada de churrasco.

A noite foi passando e... voces sabem... eu tenho pobrema, nè gente? 
Eu falo de menos. Sabe aquela gente que fala, fala, fala sem pensar no que tà falando? Entao, eu sou o contrario: eu falo pouco porque falo mais devagar do que penso. E eu  ESCREVO MUITO... mas è porque eu escrevo no PC mais rapido do que falo. Deu pra sacar? Eh assim, ò:

Escrita > fala
Fala < pensamento

Ou seja, eu ESCREVO mais rapido do que FALO. 
Ou seja, se eu tiver que contar uma historia longa, è melhor eu escrever ela, que assim eu termino antes. turum-dum-thisssss (para os mais lerdos desinformados, è o som da bateria no final da piada)

Bom, mas o lance è que eu PENSO, CHEGO A UMA CONCLUSAO na minha cabeça, penso que a pessoa escutou o que eu pensei e aì sò falo a parte final... o que quase sempre dà bosta!

Entao, quando eu tava pagando a conta do restaurante e tinha entendido que o menino indiano tinha sido colocado là sem nenhum treinamento, eu fui pensando: 

"poxa, se eles nao queriam ensinar ao funcionario como fazer churrasco, era sò contratar um brasileiro... todo brasileiro sabe fazer churrasco!... nao, Rony, nao è verdade... sim, nao è verdade, mas todo brasileiro jà comeu churrasco e ao menos sabe como deve ser feito, sabe quando a carne tà crua ou cozida... sabe que o doce sò è servido depois que o rodizio acaba, porque è dificil o brasileiro que nunca foi num rodizio...bla,bla,bla" 

Aì depois que eu pensei tudo isso, eu achei que a dona do restaurante tinha escutado tudo e sò falei o final: "Por que voces nao contratam um brasileiro ao inves de um indiano pra fazer o churrasco?"

Pronto gente. Foi o fim. A dona do restaurante era uma daquelas pessoas beeeeem barraqueiras e o bicho pegou. A mulher fez tanto barraco que eu, que sou polemica e intrigueira mas nao sou barraqueira, nao consegui argumentar.... 

Em minha defesa gostaria de dizer que essas pessoas que fazem barracos, elas sao PROFISSIONAIS: elas gritam, elas arregalam os olhos, elas tremem, elas mexem a mao desesperadamente, elas simulam voar em cima de voce quando voce ameaça abrir a boca... e o pior: elas usam qualquer coisa que voce diga contra voce - porque elas nao tem a menor intençao de entender o que voce tà falando - elas sò querem te matar, e como nao podem, as veias das cabeças delas começam a pular em cima dos olhos e gente... se tem uma coisa que me assuta à morte è  
ver gente com veia pulando!! Me dà um c**asso ENORME, eu nao consigo ver nem escutar nem falar mais nada, fico sò encarando a veia e pensando "vai explodir, vai explodir, vai explodir... vai explodir e espirrar em miiiiimmmmm!!!!!" Eu sei que è uma frescura, mas cara, tenho mò pavor de veia pulando!!

Entao a mulher ficou là gritando um monte de coisa que eu nao escutava - porque eu ficava de olho na veia - e pra terminar a mulher, depois de me chamar de racista e todos outros belos nomes que voces podem imaginar, completou:

"Claro que com um sobrenome desses, sò podia ser racista! Se o garoto fosse branco, voce nunca teria dito nada!"

Poxa...
Essa doeu, hein minha senhora! Mò sacanagem aee.  
O racismo è todo da senhora e da 'senhora sua Veia'! 
Meus avòs podiam ser judeus alemaes que fugiram de Hitler nè nao, abestada?

Eu fico pensando o que acontece com essas pessoas que veem racismo em tudo. Eh verdade que a frase, solta assim, sem explicar toda a minha linha de pensamento anterior, pareceu meio racista, mesmo. Mas a reaçao da mulher foi exagerada! 

Tem um monte de gente que vai em 'restaurante japones' de italiano e reclama que o italiano nao faz bem o sushi. Tem um monte de gente que vai em  'restaurante chines' de italiano e reclama que italiano nao sabe fazer comida chinesa. Tem um monte de gente que vai em padaria de chines e diz que chines nao sabe fazer croissant. Qual o racismo disso? Eh claro que uma pessoa que passou a vida inteira comendo uma certa coisa vai entender melhor como ela deve ser feita! Nao è racismo, è lògica! Manda um alemao que nunca foi ao Brasil fazer feijoada e ve no que que dà! Manda um brasileiro que nunca foi na India fazer um kebab e ve no que que dà! 

Eh pura lògica, minha senhora, nao è racismo nao. O racismo foi todo da senhora, que viu meu sobrenome e pensou que eu fosse filha de nazista.

E a abestada ficou com um òdio tao grande gente, mas um òdio tao grande de mim que continua me perseguindo no facebook. Olha sò o recadinho dengoso que ela deixou no face de uma amiga minha:


Entao, pela resposta da minha amiga imagino que o nome da dona da Veia seja Dalva. Perceberam o òdio mortal?

Mas nao entendi duas coisas:
1. Porque ela me chamou de senhor? Foi sò erro de digitaçao ou ela acha que alèm de nazista sou traveco?

2. "ele è um ser humano, nao um indiano". Uè minha senhora, os indianos sao ETs e a gente nunca descobriu??


Eh isso gente.
Ahhh... è claro que eu ia deixar o nome do restaurante da barraqueira, nè gente? Eu nao sou barraqueira mas sou intrigueira! (turum-dum-tisssss)

ATUALIZAçAO:

A tia nao desiste, gente. Depois de me add como amiga no face e ter um NAO como resposta, ela pediu pra receber as minhas atualizaçoes. Ou seja, a pessoa me odeia, me acha racista, me persegue, me ofende... mas olha que lindo: Ela quer ter noticias minhas! Nao è um amor essa tia, gente??





Serà que eu deixo, hein? hein? hein?


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PS:E para os mais curiosos, meus avòs foram para o Brasil logo apòs a primeira guerra, muito antes que Hitler tomasse o poder, muito antes que o partido nazista fosse criado. Meu avo tinha 17 anos e minha avò 12, ambos eram de familia catolica. Eles se conheceram no navio e se casaram quando chegaram ao Brasil.

By Gisa