sábado, 12 de julho de 2008

Freebies

Há algum tempo atrás um vício me acometeu freneticamente: Freebies. Quando dei por mim, passava madrugadas inteiras solicitando Freebies de sites completamente desconhecidos. Eu nem me importava com o que era: Se o site tivesse um formulário para preencher, lá estava eu... solicitando qualquer coisa, pelo simples prazer de solicitar...

É estranho isso... sei lá, talvez eu me sentisse importante, preenchendo todos aqueles formulários... não sei.

Bom, o vício passou, mas ainda recebo um absurdo de correspondência: Freebies atrasados que continuam chegando. Recebi umas coisas bem legais (como um copinho lindo pra minha filhinha, um catálogo de Artes da Universidade de Haward, uns livros da União Européia...) e outras bem ridículas (sabão para máquina de lavar louça :(, protetor auricular :(, fixador de fibras (?? - Deus do céu... o que é isso?? E para que serve??) ...

No meio das coisas legais, eu recebi um 'Child Safe Kit' (uma espécie de cartão de identificação para crianças). Isso eu achei muito interessante: Tem lugar pra colar a foto da criança, pra escrever as alergias que ela possui, endereço, tipo sangüíneo, telefone do médico e (pasmem!) lugar para colocar as impressões digitais! E o mais interessante: a tinta pra ser usada nas impressões digitais vem no próprio cartão, em um espaço selado que deve ser descartado depois de usar a tinta. Achei muito engenhoso... pena que não dá pra usar aqui, pois o cartão está todo em inglês :(.

(Esse Child Safe Kit é enviado gratuitamente pelo governo americano, pra qualquer pessoa que solicitar... de qualquer lugar do mundo... não é fantástico??)

Quando vi o cartão não me controlei e tirei as impressões da Mel:

Quando terminei de tirar as impressões, olha como estavam os dedinhos dela:

O mais bonitinho foi que ela quis ficar um pouquinho com os dedinhos assim, pra 'carimbar' nos caderninhos dela. Então deixei ela com a tinta nos dedos... e um minuto depois (sim, apenas um minuto depois) eu olho pra ela e ela está assim:

Como alguém consegue ficar em um estado tão deplorável em tão pouco tempo??
Uma criança de 4 anos consegue!! rsrsrss

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Como fazer a mamãe ter um infarto

Meu bebezinho, com minha bota de cano longo e salto, se olhando no espelho.

De repente, ela dá umas reboladinhas e fala:

- Ai, tô me sentindo tão GOSTOSA!

- (Pausa pra mamãe infartar)

- ...

- Filha, quem te ensinou a falar isso?

- A Mi!

- (Uma grande pausa para uma longa conversa sobre as diferenças entre as adolescentes de 13 anos e as menininhas de 4)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Frio... depende do ponto de vista!

O frio é relativo. Com o aquecimento global, o mundo vai passar por algumas transformações nunca antes imaginadas.

30ºC ou mais
Baianos vão à praia, dançam, cantam e comem acarajé.
Cariocas vão à praia e jogam futebol.
Mineiros comem um feijão tropeiro.
Paulistas estão no litoral e enfrentam 2 horas de fila nas padarias e supermercados da região.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos esgotam os estoques de protetor solar e isotônicos da cidade.

25ºC
Baianos não deixam os filhos saírem ao vento após as 17 horas.
Cariocas vão à praia mas não entram na água.
Mineiros comem um "queijin" na sombra.
Paulistas fazem churrasco nas suas casas do litoral e ainda entram na água.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos reclamam do calor e não fazem esforço devido ao esgotamento físico.

20ºC
Baianos mudam os chuveiros para a posição "Inverno" e ligam o ar quente das casas e veículos.
Cariocas vestem um moletom.
Mineiros bebem pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas decidem deixar o litoral, começa o trânsito de volta para casa.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos tomam sol no parque.

15ºC
Baianos tremem descontroladamente de frio.
Cariocas se reúnem para comer fondue de queijo.
Mineiros continuam bebendo pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas ainda estão presos nos congestionamentos na volta do litoral.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos ainda dirigem com os vidros abaixados.

10ºC
Decretado estado de calamidade na Bahia.
Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas.
Mineiros continuam bebendo pinga e colocam mais lenha no fogão.
Paulistas agora estão presos nos congestionamentos na cidade de São Paulo da volta do litoral.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos botam uma camisa de manga comprida.

5ºC
Bahia entra no armagedon.
César Maia lança a candidatura do Rio para as olimpíadas de inverno.
Mineiros continuam bebendo pinga e quentão ao lado do fogão a lenha, que já se assemelha a uma fogueira de São João.
Paulistas vão a pizzarias e shopping centers com a família.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos fecham as janelas de casa.

0ºC
Não existe mais vida na Bahia.
No Rio, César Maia veste 7 casacos e lança o "Ixxnoubórdi in Rio".
Mineiros entram em coma alcoólico ao lado do fogão a lenha.
Paulistas vão para Campos do Jordão e enfrentam 2 horas de fila para sentarem em restaurantes e barzinhos.
Catarinenses, Gaúchos e Curitibanos fazem um churrasco no pátio... antes que esfrie.

PS: SHUASHUASHUA, pior que a parte dos baianos é verdade. Meu ex-marido ligava o aquecedor em casa quando estava a 20ºC. Ah, e dormia com meia de lã e lavava o rosto só com água quente!

Essa eu peguei aqui, ó: http://chrismazzola.blogspot.com
... passa lá... o blog do cara é legal! :)

'Jogando' baralho

A Mel, brincando de jogar truco, sozinha:
- Tluco! (joga uma carta na mesa)
- Seis! (Joga outra carta)
- Qualenta e nove!

SHUASHUASHUA... de onde veio o 49??

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O admirável dom da Persuasão...

É a minha sina!

Mercados, supermercados, hipermercados! Não há nada que eu mais odeie! E tenho dois viciados nisso aqui em casa.

Fui passar uns dias na casa de minha mãe. Um alívio tomou conta de mim no momento em parei pra pensar que não teria que ir a nenhum mercado durante o tempo em que estivesse lá. (Aqui, eu tenho que ir quase todo dia, pelo simples fato de que o Tatu adora passear nos supermercados...)

Mas, eis que, ontem, antes de virmos embora, a Mel me olha e diz:

- Mãe, vamos no mercado?

- Não, filha.

- Ahhh mãe... por favorrr!!!

- Não, filha.

-Ahhh mãe... mas eu não quero comprar nada... vamos pra olhar!

- (????) Não filha! Parece o Tatu, que não passa um dia sem ter que ir passear no mercado...

- Ahhh mamãezinha, lindinha, fofinha do meu coração, que eu amo tanto... vamo no mercado?

- Tá.




Ah... e a 'criaturinha' que não queria comprar nada no mercado, voltou de lá com um caderno, uma caixa de lápis de cor, um batom, um iogurte, um pacote de biscoitos, um saquinho de jujubas e um refrigerante...

A Lendária história das mãos Haanappel

Bem... pra começar, vou logo explicando que não sei se o nome do post está correto, porque embora os parentes que tenham a típica mão 'grossa' têm hoje o outro sobrenome, a nossa mão foi herança genética da minha avó paterna, que tinha o sobrenome 'Ristau'. E na revista, o sobrenome da família era 'Haanappel'.

Bem, mas deixando o sobrenome de lado, estou colocando aqui a história que foi contada em minha família de geração em geração: O acontecimento que deu origem às nossas mãos, tão diferente das demais.

Esta publicação é uma revista alemã, que foi dada ao meu irmão mais velho pela minha avó. Como não tem mais capa nem contracapa, não consegui identificar o nome nem a data de publicação. Pelo conteúdo, o tradutor acredita que sua publicação se deu entre os anos 1958-1960.




**************************

Tradução:

O Mistério da família Haanappel


TODOS TEM MÃOS NEGRAS

Uma família na pequena cidade holandesa de Doesburg é conhecida por possuírem suas mãos negras, um capricho da natureza que pode ter sua origem no século 16.

Naquele tempo, havia na cidade uma torre de 98 metros de altura, na Igreja Martins, o orgulho dos moradores da cidade.

Em uma noite, quando o guarda municipal Haanappel fazia sua ronda, viu um vermelho brilhante de fogo através de uma janela da torre. Imediatamente, ele correu até as escadas e subiu torre acima, para baladar os sinos, com o propósito de dar o alarme de incêndio.

Mas ele acabou encontrando em sua volta um fechado fogo ardente. A torre queimava e a única saída para voltar seria utilizar-se das cordas do sino. Foi o que ele fez, mas, durante a descida, escorregando na dura e dilacerada corda, queimou suas mãos e pés com a fuligem que a penetrava, proveniente do fogo. Ele ficou com os pés e mãos negros e queimados.

Com dores insuportáveis, Haanappel correu para casa. Sua esposa estava grávida e desmaiou quando viu suas mãos feridas pelo fogo.

Poucas semanas depois do ocorrido, o bebê veio ao mundo, e sua mãe pode observar que as palmas das mãos do recém nasicdo estavam escurecendo.

E estas mãos passaram de gerações para gerações.

Legenda das fotos:

Na parte superior: Sino e corda no qual Haanappel escapou / Parte dos fragmentos da corda, que tornou-se agora uma custosa lembrança adquirida pela família.

No centro: As Mãos Negras dos 6 membros da família Haanappel. A mão branca pertence a esposa de um descendente do vigia.

Abaixo:
1. A Igreja Martins: No Século 16, era uma das maiores igrejas da terra, sua alta torre nunca mais foi reconstruída.
2. Anni, a mais jovem da família, passa roupas: "Felizmente as mãos negras não soltam tintas", diz, sorrindo.
3. O pequeno Jaap, com 11 anos de idade, tem mãos negras. Quando um novo professor chega, sempre pensa que as mãos do menino estão sujas.


************

PS: Meus irmãos, quando pequenos, voltaram para casa várias vezes com bilhetinhos dos professores, sempre dizendo: "Prezada mamãe, favor mandar seu filho para a Escola sempre com as mãos limpas".

Eu nunca passei por isso, pois minha tia trabalhava na escola em que eu estudava, então os professores já sabiam.

Mas também passei por muitos constrangimentos.

Por exemplo, meu primeiro namorado 'espalhou' pela cidade que eu tinha mão de homem. (Ai que ódio!). Já quando fui morar em Salvador, sempre que alguém me conhecia, me perguntava se eu trabalhava na 'lavoura' no Paraná.

Agora eu já me cansei, e nunca cumprimento quem eu não conheço com um aperto de mãos. Só dou um sorriso. Parece falta de educação, mas mal educadas são as pessoas ao sentir minhas mãos. Elas sempre fazem as mesmas perguntas: "Você tem Ácido Úrico?", ou "Você trabalha na roça?", ou "Você está com as mãos machucadas?"...

Então pra evitar ficar explicando que é algo genético, que não tem cura, etc, etc,... eu prefiro evitar... é tão cansativo explicar sempre a mesma coisa...

Bom, essa é a história! Queria muito encontrar outras pessoas, de outras famílias que tivessem a mão assim também. Queria encontrar outros descendentes da família Haanappel!!

Depois que passa, a gente ri

Esse post é pra contar como uma enfermeira quase fez minha mãe ter um infarto enquanto meu pai fazia o cateterismo

Minha mãe contou que chegou ao hospital (público) na hora solicitada: 08:00 a.m. Sete horas depois, ainda em jejum, meu pai foi chamado para a Sala de Cateterismo, enquanto minha mãe ficou na sala de espera. Ainda segundo minha mãe, só os familiares dos pacientes que tinham algum problema durante o procedimento é que eram chamadas ao 'balcão de atendimento'. Esses familiares ficavam desesperados e eram obrigados a irem embora, pois o paciente ficaria internado vários dias.

Aí... eis que, uma enfermeira (típica de hospital do SUS) chama minha mãe ao 'balcão de atendimento'. O 'japonês' (amigo do pai que os acompanhou até o hospital) disse que neste momento minha mãe já ficou branca e sem voz.
Chegando ao balcão, a enfermeira disse:

- O médico pediu para avisar que o paciente terá que fazer uma cirurgia de urgência. O dr. não pode falar com vocês agora e pediu para vocês irem para casa, pois o paciente ficará internado até segunda-feira. Segunda-feira vocês retornam e aí o médico fala com vocês.

- M-m-mas como assim??

Minha mãe disse que a enfermeira repetiu tudo que havia dito antes. Não adiantou:

- M-m-mas e-eu não e-e-stou te e-e-ntendendo...

Neste momento o 'japonês', que havia ficado sentado na sala de espera, viu que minha mãe começou a tremer muito e foi ver o que estava acontecendo:

- O que aconteceu?

- O N-n-eno vai t-t-ter q-q-que o-o-operar...

- Mas por que?

- Eu não sei - responde a enfermeira - o médico só pediu para eu dizer isso a vocês.

- E tem alguém que sabe o que está acontecendo, com quem eu possa falar?

- Um momento.

A enfermeira saiu, e voltou quinze minutos depois (minha mãe já estava sentada, suando frio, tomando água e chorando desesperada):

- Me desculpe, houve um engano - disse calmamente a enfermeira. O paciente já terminou o cateterismo e passa bem. O médico é que terá que fazer uma cirurgia de urgência em outro paciente e por isso não pode falar com vocês agora. Ele pediu para que o paciente fique em observação até à meia-noite e aí vocês podem ir para casa. Segunda-feira ele entra em contato com vocês para falar sobre o exame.

O japonês ficou aliviado e minha mãe começou a chorar desesperadamente. Mas desta vez foi de alívio...

Não é mesmo o fim da aventura humana na Terra??

Cateterismo

Esses últimos dias foram meio tensos. Só ontem a noite eu consegui relaxar de verdade.

Há alguns meses meu pai se sentiu mal, um lado do corpo dele adormeceu. Ele fez um eletrocardiograma e o exame apontou que ele havia tido um infarto.

Alguns dias depois, fomos à clínica de um médico daqui e ele fez outros exames. Esses exames não apontaram nada, era como se ele não tivesse infartado.
Então o médico disse que ele precisava fazer um cateterismo. Ele marcou o cateterismo para sexta-feira passada.

Graças a Deus deu tudo certo. E graças a Deus também o Tatu só me contou dos perigos de um cateterismo depois que meu pai já tinha feito. Mesmo assim, eu fiquei com muito medo. Mas agora está tudo bem. Paizinho descansou uns dias e passa bem.
By Gisa