sábado, 14 de junho de 2008

Muito BOA mesmo!!

O Tatu está viciado em perder de mim no baralho. Ontem, enquanto eu estava na cozinha, ele deu as cartas, me chamou e começamos a jogar. Bati bem rapidinho.

Ele jogou o baralho pra cima (pra não perder o costume) e disse, revoltado:
- Que bosta, amor! Nem roubando eu consigo ganhar de você!
- Como assim?
- Eu montei o jogo inteiro pra mim, estava batido com as nove... e mesmo assim você ganhou!
- SHUASHUASHUA...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Como entender as mulheres

É mais ou menos assim:


Sacou?

Aprendendo a usar Pronomes

- Mamãe, pega o 'meu' mamadeila...
- Não se diz 'meu' mamadeira, filha, se diz 'minha' mamadeira.
- Sua mamadeira, mamãe??
- Não filha, a mamadeira é sua, mas não se diz 'meu' mamadeira, se diz 'minha' mamadeira.
Nesse momento ela arrancou com força a mamadeira das minhas mãos e reclamou:
- Não é sua mamadeila, é minha mamadeila. Você não tem mamadeila.

SHUASHUASHUA.... Ok, ok... pelo menos ela entendeu o recado...

.........................................................

Depois de tropeçar no degrau da porta e quase cair, a Mel me saiu com essa:
- Ihh mamãe, olha eu aqui quase caindo de 'madulo'...

Onde ela aprende essas coisas??


19 de Maio de 2006

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Deduções bizarras da Mel...

Hoje, quando eu estava passando batom, a Mel pediu pra passar nela também. Como era só um brilho labial, eu passei.

Aí fomos pra sala e ela pediu pra 'passar no papai também'... Eu expliquei que o papai era menino e não usava batom. Quando eu disse que só meninas passavam batom, ela disse:

- Eu sou 'molher' né mamãe?

(molher = mulher)

Sempre digo que ela é menininha ou mocinha.... nunca disse que ela era mulher... Não sei onde ela aprendeu... deve ser na escolinha...

...

Hoje ela aprendeu também a reconhecer a bandeira do Brasil. O problema é que agora tudo que ela vê que tem cor verde ou amarela ela acha que é a bandeira do Brasil, mesmo que seja um outro objeto qualquer, como um copo, uma colher, um urso panda panda é só preto e branco, ignorante de pelúcia...


...

Hoje, depois que eu coloquei fralda nela pra gente ir passear (quando a gente vai andar muito de carro eu sempre coloco fralda), ela olhou pra mim e perguntou:
- Você também usa fralda mamãe?
- Não, filha, só você.
- É porque eu sou 'piquininha'?
- Sim, é porque você é bebezinho.
- E você tem pepê pra fazer naninha?
- Não, filha...
- Gente 'gandon' não usa pepê e não dorme no berço?
- Não, filha, só 'pequeneninhos' como você.


Mais tarde o pai dela disse, brincando, que ia tomar o mamá dela. E então ela explicou:

- Não, papai. Você é 'gandon'; não usa fralda, não tem pepê e não tem 'mamadeila'. Só eu que tenho, porque eu sou 'piquininha'.

rsrsrs ai, ai.... começando a entender a vida....

gandon = grande (grandão)
piquininha = pequena


09 de junho de 2006

terça-feira, 10 de junho de 2008

A Justiça brasileira não é cega... Ela está em coma.

Deu hoje no jornal:

'Ex- mulher é obrigada a pagar pensão ao ex-marido preso por ter estuprado a própria filha dos 6 aos 12 anos'


Parece brincadeira, mas não é.
Seria até cômico, se não fosse trágico.

O cara estupra a filha desde os 6 anos de idade e finalmente vai preso; a menina deixa de frequentar a escola por virar piada entre os colegas de classe (é... os adolescentes podem ser muito cruéis...), fica com problemas ginecológicos, não pode ter filhos... e a mãe, além de ter que passar a criar a filha sozinha, ainda é obrigada a pagar pensão ao causador de tudo isso...

É o fim da aventura humana na terra!!

A justiça não deveria ficar ao lado da menina?


Não deveria garantir que ela recebesse ajuda psicológica e ginecológica a fim de minimizar os danos causados por este monstro?

Por quê que ao invés de garantir que a mãe tenha condições financeiras para ajudar a menina, a justiça tira dinheiro da mãe para dar ao bandido?

Pra que tirar o dinheiro que a mãe usaria pra melhorar a qualidade de vida da menina (que já sofreu tanto) para dar a um monstro estuprador que perfurou o útero da própria filha?

Por que a justiça sempre fica do lado contrário?

Por que as pessoas sempre se solidarizam com os bandidos?

Uma vez, a irmã de um colega meu foi estuprada. O pessoal do Direitos dos Bandidos, digo, Humanos, nunca foi na casa dela, ver se ela precisava de apoio psicológico ou de assistência médica. Mas quando o meu colega deu uma surra no estuprador e o levou pra delegacia, aí o pessoal do Direitos humanos apareceu lá... pra ver se o coitadinho do estuprador precisava de alguma coisa.

Por que todo mundo fica com dó do estuprador e não da garota que foi estuprada?

Por que todo mundo tem medo de que os outros presos façam com o estuprador o que ele fez com a vítima? Eu acho que não seria nada demais. Talvez isso sim seria justiça. Fazer ele sentir toda a dor que ele causou.

Não consigo imaginar o motivo que fez o juiz determinar que a mãe deve pagar pensão ao pai estuprador.


Resumindo: Quando descobriu que a filha estava sendo estuprada, a mãe procurou a justiça. Esta, por sua vez, não fez nada mais do que um grande escarcéu, que fez a menina virar piada na cidade inteira... Além de toda a humilhação do estupro, a justiça ainda fez a menina ser humilhada e satirizada publicamente. Tudo isso inutilmente. A justiça não garantiu apoio psicológico, não garantiu assistência médica, nada. Só humilhou a menina e não deu a ela nada em troca. E ainda obrigou a mãe a dar dinheiro ao estuprador. Ou seja, o cara destruiu a vida da própria filha e ainda recebe recompensa por isso.

Às vezes é melhor ficar calada.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Declarações de amor

- Filha, você é o bebezinho mais fofinho do mundo!
- Mãe, você é a 'moçona' mais linda da cidade!

SHUASHUASHUA

De tão trágico chega a ser cômico...

No blog de um colega do Rio de Janeiro, ele conta o que aconteceu com o amigo dele:

Ele estava num ônibus, e viu um sujeito entrar para vender balas. Ao contrário do usual, resolveu ser ele um dos poucos a adquirir o produto, sem imaginar a surpresa que viria instantes depois, dita pelo "vendedor": - Atenção, pessoal, é um assalto. Quem comprou a balinha, tá liberado!

rsrsrs... estratégia de marketing ou não, as vendas tem aumentado...

Blog:
http://www.gustavoguimaraes.com.br/arquivo/GG_arquivo_44.htm

domingo, 8 de junho de 2008

Lembranças que o baralho traz...

Acho que sou boa no baralho por 'culpa' do meu pai. Ele me ensinou a jogar quando eu ainda tinha uns 7 anos. E jogava comigo toda noite, depois que chegava do trabalho. Não só baralho... ele foi um pai muito presente na minha vida (e ainda é), e jogava comigo tudo que eu quisesse. Baralho, dominó, dama, trilha, jogo da velha... e jogava até um joguinho besta que eu tinha aprendido na escola, que era de ligar uns pontinhos... Hoje acho muito chato esse joguinho, e fico pensando que talvez ele também achasse chato, mas ele sempre jogava.

Só durante minha fase de 'aborrecente' foi que a gente se afastou um pouco. Eu fiquei muito rebelde e me afastei não só dele, mas de todo mundo. Mas logo voltei ao normal.

Depois teve a fase do 'Tetris'. Era aquele joguinho eletrônico, muito massa. Aí a gente ficava tentando quebrar o recorde um do outro. Até o dia em que ele fez 23 milhões e eu nunca mais consegui alcançar. Mas aí eu já tinha 17 anos.

Lembro também quando comecei trabalhar... eu ia e voltava com ele do trabalho todos os dias. Ele sempre passava no 'boteco tomar uma' antes de ir embora, o que me deixava enfurecida quando tinha aula, pois acabava chegando atrasada.

Mas nas férias, eu sempre ia com ele, pois nos fundos do 'boteco do Nivaldo' (Deus o tenha... era muito querido), tinha um campo de Bocha. E a gente sempre jogava, quando não, eu via ele jogar, enquanto tomava uma coca e comia o delicioso espetinho que o Nivaldo fazia. O Nivaldo não vendia espetinhos, como geralmente dono de boteco faz. O Nivaldo fazia uma vaquinha (a gente dava um real pra ele) e ele fazia o espetinho pra todo mundo comer. E a gente comia bastante! De vez em quando ele pedia um pouquinho a mais, pra fazer uma Feijoada ou algum prato diferente. Era muito legal, eu ainda não tinha anorexia, então comia tudo que ele fazia (até as coisas consideradas mais nojentas...)

Meu pai tomava umas cervejas, jogava umas partidas... e aí íamos embora.

Foi engraçado essa fase da minha vida em que eu sentava no boteco do Nivaldo e ficava lá com meu pai. Às vezes, eu ficava sozinha (sem meu pai) no boteco enquanto ele ficava nos fundos, jogando Bocha. Todos os frequentadores do Boteco me respeitavam muito, e era muito divertido. Tipo, seria o lugar onde, por padrão social, deveria acontecer coisas ruins, tipo, algum conhecido me cantar, ou algum bêbado tentar passar a mão em mim... mas foi um dos poucos lugares onde não recebi nenhuma cantada nem fui tratada com falta de respeito.

Nos fins-de-semana, minha mãe ia junto. Aí iam todas as mulheres de todos os jogadores de bocha e todo mundo jogava. Domingo o Nivaldo fazia frango assado pra vender, mas às vezes ele dava um pra gente comer enquanto todo mundo jogava.

Foi uma fase legal, da qual tenho muitas saudades. Depois fui morar sozinha, e só via meu pai nos fins de semana (nem todos). Essa fase foi bem complicada... e prefiro esquecer.

Boa no Baralho

Jogar baralho com o Tatu é algo que me diverte muito. Mais que o normal. Não pelo jogo em si, mas pelo fato de eu ganhar sempre. Ele não se conforma!

Hoje foi muito divertido. Começamos jogar Pife, e eu ganhei várias vezes seguidas (como sempre). Então ele se revoltou:
- Ahh... assim não vale! Vamos jogar só valendo bater com as dez!
- Ok, por mim tudo bem.
- (Um novo jogo começou). Ra, ra... quero ver você ganhar agora!

O mais hilariante é que ele realmente pensou que eu não seria capaz de ganhar só podendo bater com as dez! Ficou todo arrogante, falando o tempo todo: 'Vai, você não é a boa? Ganha de mim agora'...

Bom, ele não precisou pedir muito... logo eu ganhei a primeira partida, e a segunda, e a terceira...

Então uma nova revolta tomou conta dele:

- Humpf! Você sempre pega um coringa!
- Claro que não! (Achei isso uma injustiça, pois, mesmo quando pego o coringa, costumo usá-lo como carta normal, pra fazer jogadas normais, e não como coringa)
- Vamos jogar sem coringa agora!
- Tá.
- Quero ver agora, sem coringa e só podendo bater com as dez!
- Amor, vamos apostar cigarros?
- Pra quê?
- É mais excitante!
- Por que?
- Sei lá, me sinto, tipo, uma presidiária... tentando ganhar cigarros...
- Tá bom... (apostamos dois cigarrinhos cada um)

E começamos uma nova partida... eu ganhei a primeira, a segunda, a terceira... e então, finalmente, ele ganhou a quarta... e começou a briga...
- Você me deixou ganhar!
- Claro que não!
- Deixou sim...
- Não deixei não!
- Você deixou sim... ficou com dó de mim... você me trata igual café-com-leite! Não quero ser café-com-leite!!
- Você não é café-com-leite! Não deixei você ganhar...
- (Olhou minhas cartas e o montinho) Você deixou um monte de cartas que você precisava passar...
- (Silêncio)
- Não quero jogar mais!
- Amor... vamo jogá!
- Não. Você me deixou ganhar.
- Tá, eu não deixo mais.
- Jura?
- Juro... mas vamos combinar assim, (pra ter graça jogar com você): Eu só posso bater com as dez e sem coringa, e você pode bater com as nove e usar o coring...
- (Cartas de baralho voando pra todo lado) Não sou café-com-leite!!
- Shuashuashuashua
By Gisa