Prontos, crianças? Então vamos lá!
Ética é algo que se aprende quando é criança e que é impossível se conquistar depois de adulto. Tomo como exemplo meu ex-marido e eu. Meu pai é a pessoa mais ética que já conheci e ele soube muito bem me ensinar isso quando criança.
Meu ex-marido só veio a aprender o que era ética depois de grande e, embora não fosse um cretino, ter um ato ético era algo extremamente difícil pra ele. Às vezes ele nem sabia a diferença entre ser ético e não ser. Às vezes ele pensava estar agindo eticamente, quando, na verdade, não estava. E quando estava, era preciso um esforço descomunal para fazê-lo.
Através da vida, aprendi alguns truques para atestar a veracidade da ética das pessoas. Por exemplo, quanto aos homens, julgo o tamanho da sua ética segundo o que pensam de meu pai.
Meu ex-marido achava meu pai um homem bom, mas volta e meia ele dizia:
- Tudo bem que a pessoa tem que ser honesta, mas aí já é demais.
Já para mim, meu pai é a pessoa mais ética, honesta e decente que eu já conheci... e sempre vejo isso como uma virtude.
Embora ele (meu pai) sofra muito com isso (a humanidade tende a não respeitar pessoas muito honestas) eu acho isso uma virtude maior do que qualquer uma que eu poderia vir a ter algum dia. Simplesmente pelo fato de que é muito fácil tratar com respeito quem te respeita, difícil é tratar com respeito quem se aproveita de você.
Já eu sou muito sensata. E por ser uma pessoa sensata, não acredito na sensatez alheia. Parto do príncipio de que respeito é algo que se conquista, e não deve ser dado de graça.
Meu pai me ensinou que devemos respeitar todo mundo, a vida me ensinou que devo respeitar quem merece respeito.
Agradeço muito a lição de meu pai, mas o que a vida me ensinou doeu mais, e a gente tende a valorizar mais as lições doloridas. É como quando você diz a uma criança que não enfie a tesoura na tomada. Ela não acredita até enfiar, levar o choque, sentir dor e aí, sim, aprender que aquilo não deve ser feito. E falo isso com conhecimento de caso (das duas experiências, evidentemente).
Respeito também deve ser algo recíproco. E também por ser uma pessoa sensata, dou sempre a desconhecidos o benefício da dúvida. Sempre acho um desconhecido digno de respeito, até que ele me prove o contrário. Ou não.
Aprendi isso da pior forma possível, principalmente por ter o jeitinho da 'Sandy'. Ou da
Também aprendi com a vida que nem sempre você pode ficar no seu nível. Às vezes é preciso descer do salto. E te juro, meu bem, que com esse jeitinho sandy-grazzymassafera, eu desço do salto como ninguém. Sabe aquela história 'o que vem de baixo não me atinge' ou 'Não vou me rebaixar ao seu nível'? Pois é. Aprendi que o que vem de baixo atinge sim. Um exemplo simpes é sentar no formigueiro. E é engraçado como, quando você enfrenta uma pessoa uma vez, ela te deixa em paz. Pra sempre.
Um exemplo claro disso é minha filha...
... Vejam bem, eu não bato na minha filha. Parto do príncipio de que ninguém é saco de pancadas, muito menos as crianças, e muito menos a minha filha. Se um adulto bate nela, eu tomo satisfações, sim. Cabe a mim educá-la, assim como cabe aos pais das outras crianças educá-las. Porém quando uma criança bate nela, eu não bato na criança (claro, não precisa ser um poço de ética para saber disso), mas mando ela se defender.
Ensinei a ela que quando uma criança bate nela a primeira vez, ela deve dizer que isso não se faz. Se a criança insiste, ela deve descer do salto (embora ainda não o use) e revidar. Sim, porque, repetindo, parto do pressuposto de que NINGUÉM é saco de pancadas.
E ela é muito correta. Talvez até demais. Um dia vi pela janela uma colequinha dando um tapa nela. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a Mel deu dois na amiguinha. A criança começou a chorar e eu saí correndo, desesperada, pensando que ela (a Mel) estivesse tendo um ataque de fúria. Quando cheguei e perguntei o que estava acontecendo, a Mel disse:
- Ela me bateu primeiro.
- Sim, mas ao invés de você só revidar, você deu dois tapas nela.
- Mas é que ela já tinha me batido outro dia, então foram dois tapas que ela me deu! (rsrsrsrsrs)
Sinceramente, não soube o que falar. Eu até ia dizer que 'o que passou, passou', mas vi que a menininha olhou pra Mel surpresa e parou de chorar. Vi que a menininha tinha entendido o recado. Elas brincam todos os dias, e a menina nunca mais bateu na Mel. Continua batendo em outras crianças, mas na Mel não.
Voltando ao respeito, meu pai sempre ensinou que os mais velhos devem ser respeitados. Para mim, que vivo em uma era onde a Pedofilia corre solta, penso também os mais velhos devem conquistar respeito. Devem respeitar para serem respeitados.
Bom, mas tudo isso é para expressar mais um dos meus questionamentos existencialistas:
Enfim... se não machucou, não houve falta? A intenção de prejudicar não conta?
Falem aí. (Por favor!)
Beijos, queridos
É impressionante: mesmo você falando de um assunto sério, sempre tem um lance que me tira a seriedade (este exemplo da tua filha foi demais, adorei a lógica da atitude dela! rsss E do exemplo da mãe, também, claro).
ResponderExcluirEstou para fazer uma postagem sobre o "respeito aos mais velhos", que rascunhei na mente por enquanto. Vou até poder dar créditos a esta postagem (pois vai de encontro ao que eu penso)...hehe
Adorei a exposição das ideias (este post está MASSA, como dizia a Punk - A levada da Breka, lembra? hehe), pois passei a praticar o Lobo Mau na pele do "Menino Bom"(minha imagem caricata das pessoas que me conhecem em partes rsss). Abusar das gentilezas ou do respeito dos outros, como você disse, é muito fácil. Tive que descer do salto (embora eu nem precisasse devido a minha estatura natural kkk), e após passar algumas dores (principalmente familiares), trouxa para mim, passou a ser sinônimo de roupa(limpa ou suja)!
Respondendo à pergunta do post:
Para mim, falar e pensar são ações tão enérgicas quanto a mecânica. Então, se teve a intenção de machucar ou de ferir (mesmo sentimentos), conta como falta sim!
Um beijo.
Marcelo.
Também concordo que embora as lições ensinadas por nossos pais sejam de grande valia, a gente sempre tem que levar em conta a que dói mais. A que nos ensinou mais.
ResponderExcluirAcho honestidade uma virtude, embora pensar assim ainda pareça pra mim um absurdo. Honestidade deveria ser inerente a todos. Daí não seria uma virtude. Não deveria ser, né? Enfim...
E, cara, sua filha é muito esperta! Hahahaha
Beijo!
Ps.: Devo responder a tarefinha que você me passou no próximo post. ^^
Texto polêmico.
ResponderExcluirConcordo com o que você disse. No seu texto você abordou questões fundamentais na sociedade, ou melhor, problemas de ética e moral.
Ética é tudo o que é legal perante a sociedade, ou seja, um conjunto de valores morais.
A moral é o discernimento entre o certo e o errado que cada individuo traz. É ele o responsável por você pagar seus impostos em dia (na verdade só pagamos nossos abusivos impostos para evitar problemas judiciais) ou não andar pelado na rua.
Quando você disse que “ninguém é saco de pancadas de ninguém”, isso é um valor ético, um valor que está inserido dentro de você. Também, ao falar no teu pai, na educação e honestidade dele, que lhe foi transmitido, e que hoje em dia você segue mais ou menos o estilo “Sandy” (apesar de ser obrigada a descer do salto as vezes) isso certamente são valores morais, e bons valores.
Infelizmente os valores acima descritos estão de certa forma distorcidos.
Se existe alguém que deve mudar, deve rever seus princípios e fins, são os adultos. As crianças não sabem distinguir o certo do errado, o bom do mal. Elas são no futuro a conseqüência do passado, dos valores que as foram transmitidas.
Olá Gisa, eu bravo com vc?...jamais estaria, n tenho pq...rs...descule a falta de tempo, o incio do ano tem sido muito corrido...deve ser a crise...rs...estou sempre q posso por aqui...beijos!
ResponderExcluirwww.olhaquemaneiro.com.br
POis então. Acho que, se não houve prejuízo, então mesmo que tenha havido intenção não conta.
ResponderExcluirQuero dizer intenção dentro da cabeça.
Eu tenho pensamentos bastante preconceituosos as vezes, mas isso nunca me fez matar um gay, um religioso fanático ou um maloqueiro dushops.
Mas uma pessoa que tem a intenção de matar, atira, mas a pessoa não morre, daí é diferente. Por que ela tentou, mas não conseguiu.
Ihh, é uma discussão longa. Mas acho que contanto que a intenção não saia do âmbito mental, não tem problema. Dentro da minha cabeça mando eu.
Beijão!