sábado, 7 de junho de 2008

Melancolia, melancolia... me deixará em paz algum dia??

Olhando essa foto da Mel aí embaixo, percebo agora como ela tinha os olhinhos tristes. Não era só porque tava com remédio. As últimas fotos, tiradas nos últimos dias antes de irmos embora, mostram olheiras e tristeza.

E relembrando os últimos dias, me lembro que ela não sorria mais. Só ficava quietinha pelos cantos, com a cabeça baixa e me chamando bem baixinho.

Mas não gosto de lembrar disso. Mas às vezes é bom relembrar. Me faz ver que minha vida já foi bem pior.

Remédios Caseiros... ninguém merece!

É cada coisa que acontece na vida da gente. Não sei o que é pior, as pessoas que ensinam a gente fazer “remédios milagrosos caseiros”, ou eu, que dou ouvidos a elas e realmente faço (pra desespero do meu marido e minha filha).

A Mel tem um problema muito sério de pele. No calor, ela fica cheia de bolinhas e não há nada no mundo que faça isso acabar. Já fui na farmácia, pediatra... Usei tudo que me disseram que era bom... Hipogloss, Pasta dÁgua, Dermocream, Quadriderm... e inúmeras outras pomadas para alergias... mas nenhuma ajudou.

Ela já tomou banho com aqueles comprimidinhos sulfurosos (que deixam meu banheiro, a banheira dela, ela e meus tapetes totalmente roxos)... Já tomou banho também com Telha “Virgem”, com “Picão”, com Aveia... enfim, tudo que vocês possam imaginar que faz muita sujeira, mas que não dá nenhum resultado.

Mas eis que, neste último mês, uma mulher conhecida da minha mãe (deve ser a mesma que não queria que eu tomasse coca-cola durante a dieta porque iria “passar o gás” para a Melissa)... disse que era bom passar no rosto uma pasta feita de Alface, Pepino, Aveia e uma outra erva que não lembro o nome. Disse que isso refrescaria a pele, e aliviaria as bolinhas. "É só bater tudo no liquidificador" - explicou ela.

Pra desespero da Mel, eu não só fiz a pasta como passei em todo o rosto dela.

Ela ficou cinco minutos com a pasta no rosto: choramingando nos dois primeiros minutos, chorando alvoroçadamente em mais dois e gritando desesperadamente no último... até que eu não agüentei mais e tirei o remédio.


Esperei um poquinho pra ver o resultado e... adivinha??

Nada. Absolutamente nada. Nadinha mesmo. Nenhuma melhora.


Muita sujeira, muito desespero, muito choro e nenhum resultado. Fiquei indignada!

Aí, depois de algumas horas, alguém falou que pra ter efeito tem que deixar o remédio na pele por mais tempo, cerca de 25 minutos.

Eu dei risada e fiquei imaginando que esse alguém nunca teve filhos...

Pois existe alguém neste, ou em qualquer outro planeta, que consiga fazer uma criança de 2 anos ficar meia hora parada com um treco melequento no rosto? :O

Se alguém aí conseguir, me avise...

Abaixo vocês podem conferir a Mel e toda a sua indignação:



08 de maio de 2006

'Mel estripadora' - Bonecas por partes!

Uma vez que fomos passear com a Mel na casa dos meus pais e na saída eu pedi que ela levasse um brinquedo. Ela entrou correndo no quarto, pegou uma boneca, arrancou a cabeça dela (só Deus sabe como ela conseguiu fazer isso) e veio só com a cabeça da boneca pendurada nas mãos.

Eu perguntei: "Vai levar isso, filha?" e ela sorriu e fez que sim com a cabeça...

O que será que deu nela??

Por que ao invés de só trazer a boneca inteira, ela arrancou a cabeça?

E a pergunta que tem me intrigado todos esses anos: Como ela consegiu fazer isso??

7 de maio de 2006

Meu cabelo e a Copa de 98

Na copa de 1998, eu estava trabalhando e morando em uma cidadezinha no interior do Paraná, com cerca de 8.000 habitantes. É a típica cidade pequena, pacata e de povo muito fofoqueiro.

Durante toda a copa, eu fui uma fiel torcedora: com camisa da seleção, boné, faixa na testa, bandeira na mão... enfim, toda aquela loucura de torcedor fanático. Mas no último jogo, contra a França, eu endoidei de vez. Combinei com uma amiga (tão doida quanto eu) que nos pintaríamos de verde e amarelo.

Ela ficou responsável pelas bandeiras e faixas, e eu fiquei responsavel por comprar as tintas.

A princípio, minha idéia era nos pintar com tinta à base de água, a famosa GOUACHE. Mas aquela cidade era um ponto perdido no meio do nada e eu não encontrei a tal tinta em lugar nenhum. A única tinta "disponível no mercado" era a ACRILEX (aquela pra tecido); e em meio à minha obsessao de ficar verde e amarela, não achei relevante o fato dela nao sair com água...

Logo após o almoço, minha amiga foi para minha casa e eu a pintei. Um pouco mais discreta que eu, ela só quis uma bandeirinha no rosto e duas mechas no cabelo: uma verde e outra amarela. Já eu, que sempre fui extravagante, pintei três bandeiras no rosto (duas nas bochechas e uma na testa) e pedi para ela pintar um lado do meu cabelo de verde e o outro de amarelo.

Minha chefe, muito responsável, tentou impedir:
- Tem certeza do que tá fazendo? Essa tinta é emborrachada, não vai sair fácil assim...

Mas teimosa que sou, nem dei atenção. E assim minha amiga começou a pintar... Metade da cabeça verde, metade amarela. E eu estava me sentindo o máximo...

Quando o jogo começou, fomos com um grupo de amigos para a casa da minha amiga, felizes da vida.

Na metade do primeiro tempo, o rosto começou a queimar por causa da tinta e a cada dez minutos nós íamos ao banheiro ‘discretamente’ dar uma molhadinha, para aliviar a dor.

No segundo tempo, não conseguimos mais agüentar e tiramos a tinha do rosto. Aí veio o primeiro susto: Estávamos literalmente marcadas com a bandeira do Brasil. A pele havia queimado e a gente ficou com as bandeiras cicatrizadas no rosto. O pessoal, que já estava rindo do nosso fanatismo, caiu matando.

Quando foi chegando o fim do jogo, já estávamos desesperançosas, e decidimos ir ao banheiro lavar o cabelo antes do jogo terminar, para podermos sair com o pessoal sem passar muita vergonha.

Molhamos o cabelo, passamos o pente, shampoo, lavamos a cabeça... e não saiu nada. Nadinha. O jogo acabou, o pessoal saiu e nós ainda estávamos no banheiro, esperançosas de que nas próximas horas conseguiríamos arrancar toda a tinta.

Mas as horas se passaram e nada.

Voltei para casa 01:00 da madrugada, perdi a festa com o pessoal e estava desconsolada. Mas no fundo, eu tinha certeza que se passasse a noite toda acordada, lavando o cabelo, a tinta sairia. Pura ilusão. Passei a madrugada inteira lavando a cabeça e nada. Passei o domingo todo lavando o cabelo e nada. Meus pentes e minhas escovas ficaram cheios de tinta verde e amarela... Mas o meu cabelo não desbotou nem um pouquinho.

Na segunda-feira tive que voltar ao trabalho e fui dar aula. Meus alunos eram, na maioria, adolescentes e 'adoraram' a novidade: uns me apelidaram de “Periquita Verde”, outros me chamavam de "Mascote da Seleção"... Para eles, foi um prato cheio. Pelas ruas da cidade, onde eu passava as pessoas quebravam o pescoço para olhar minha cabeça. E eu podia ouvi-los rindo, sorrateiramente.

Passei a semana toda tentando tirar a tinta. Minha amiga desistiu de tirar a tinta e simplesmente cortou as mexas. Na semana seguinte ela foi para os Jogos Escolares em outra cidade e quando as pessoas perguntavam o que ela tinha no rosto, ela dizia que tinha se machucado.
- Que incrível – diziam. – Parece a bandeira do Brasil...

Ela saiu em todas as fotos com a bandeira marcada no rosto. Quanto ao cabelo, ela só ficou uma falha na cabeça, mas nada muito grave...

Já eu... meu problema era grande!

Quando chegou a sexta-feira, eu fui para a minha cidade e marquei um horário numa cabeleireira. Ela cortou meu cabelo (que era abaixo dos ombros) no tamanho ‘chanel’ (para ficar mais fácil de tirar a tinta). Na hora de escolher a cor, eu, discretíssima como sempre, escolhi vermelho. Ela descoloriu meu cabelo, tirou a tinta verde e amarela, pintou... e meu cabelo ficou LARANJADO.

L - A - R - A - N - J - A - D - O mesmo. Laranjado. Laranjado da cor da tampa da maionese Hellman’s. Extremamente laranjado.

Tudo bem que eu gostava de chamar a atenção... mas aí já era demais... demais até pra mim.

Eu sentei na cadeira de novo e disse:
- Ah... me desculpa, mas eu não saio daqui assim não...

Então ela descoloriu meu cabelo novamente e pintou de novo. Mais uma vez eu achei que ficaria bom... Mas quando secou, meu cabelo ficou metade cobre, metade marrom. Teria ficado legal, se tivesse sido feito de propósito.

Desisti. Fui embora pensar no que faria.

Na Segunda, voltei para a cidade em que trabalhava. Quando cheguei na escola, meus alunos caíram na risada: agora me chamavam de “Tigelinha”. Não os culpo. Parecia mesmo que eu estava com uma tigela na cabeça.

A situação ficou tão desesperadora que eu, que nunca havia tido cabelos curtos, decidi corta-los bem curtinho. Num tamanho bem curto, não apareceria a cor de baixo, assim estaria resolvido meu problema. Não era tão ruim assim, afinal, cabelos crescem de novo.

Fui na cabeleireira (outra, claro!), sentei na cadeira, tirei os óculos e pedi que ela cortasse meu cabelo bem curto. Ela cortou, cortou... e eu, sem óculos, olhando da cadeira, mandei ela cortar mais - eu queria que meu cabelo ficasse como o da Fátima Bernades -.

Ela cortou, secou e quando eu coloquei os óculos para ver como havia ficado... eu quase desmaei. Não porque meus cabelos estavam muito curtos - o fato era que eu simplesmente não tinha mais cabelo!

Parecia que ela havia passado máquina 4 na minha cabeça.

Fiquei desconsolada.

Foi tão grave que quando cheguei no trabalho do meu pai, nem ele me reconheceu.

Mas resolvi olhar pelo lado bom: pelo menos agora não me chamariam de 'Periquita Verde', nem de 'Tigelinha'. O máximo que aconteceria seria as pessoas se assustarem um pouco... mas nada muito grave.

Então voltei ao meu trabalho. Eu estava confiante, afinal, que apelido eles poderiam me dar?

Eu entrei na sala de aula e o primeiro aluno chegou. Ele ficou olhando para mim intrigado, assim como todos os outros que chegaram logo depois, mas todos ficaram sérios e em silêncio.

Foi melhor do que eu imaginei - eu pensei comigo mesma.

Até que todos chegaram e quando eu ia começar a aula, um aluno me chamou, ficou me encarando um bom tempo e depois, com um olhar muito sério, me perguntou:

- A senhora agora vai servir o exército??

E foi só nesse momento desesperador que alguns alunos se jogaram no chão e todos desembestaram a rir...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Memória...

Se no seu tempo, comandos de teclado
eram mecanismos internos de piano,
monitor era guia de excursão,
programas eram folhetos que traziam
os descritivos dos espetáculos,
arquitetura era a arte de dispor
elementos de um edifício ou espaço urbano,
resolução era o mesmo que decisão,
rodar era ficar dando voltas de carro,
dispositivo de armazenamento
era o que a gente chama de despensa,
executar era processar alguém judicialmente,
analista era o seu psicólogo,
disco rígido era LP e disco flexível
era um daqueles compactos de plástico,
fonte era nascente de água,
utilitários eram veículos de transportar mercadorias
e drive era aquele lugar escurinho onde você ia para namorar,
saiba que tudo isso ficou a memória
(que antigamente era a reunião de nossas iéias)...

Ser pai é isso mesmo...

Essa história não é minha, eu li em um outro blog. Mas a situação é tão engraçada que não resisti e vou compartilhar com vocês. Se você for pai ou mãe de uma criança que adora fazer perguntas, com certeza você vai se identificar...

"Hoje no carro o Matheus toca no assunto de estar perdido. Resolvi treiná-lo em algumas situações de emergência:


- O que você faz se ficar perdido?
- Vou para uma floresta e pego um pau bem grande.
- Que floresta, filho! O que foi que a gente combinou?
- Ficar paradinho.
- Isso! E o que mais?
- O quê?
- Como a gente vai achar você?
- Ah, faço assim (levantando os braços para cima) e grito: "Tô perdido, tô perdido!"

- Isso mesmo, muito bem. (Meio ridículo esse procedimento, mas ao menos pode funcionar se for necessário.) - Então me diga outra coisa: o que você vai fazer se o copo cair da sua mão e quebrar?

- Vou correr para trás e chamar você.
- Muito bem, filho! Parabéns! Nada de ficar perto do vidro quebrado, né?
- É.

Então ele fez uma pausa, e perguntou:

- Mas, pai, e se eu estiver perdido na floresta e o copo cair da minha mão e quebrar? Fico paradinho ou vou para trás?

- Nossa, filho, quanta desgraça! Na floresta, perdido e com um copo quebrado?
- E sem um pau para bater no lobo mau!

Hehehe... a graça para ele é testar minhas respostas.

- Nesse caso você vai para trás, bate no lobo com o pau, volta para o o lugar onde você estava e fica paradinho.

- Tá."

(Blog de "Matheus day by day" - http://www.gustavoguimaraes.com.br/)

Trocadilhos da Mel - Parte 1

Hoje a Mel se comportou tão bem que eu resolvi elogiá-la:

- Olha só, que linda! A Mel já é mocinha!

E ela, indignada:

- Eu não sou mocinha, mamãe... Eu sou a Melissa!


..............


Esses dias a Mel voltou da Escolinha toda feliz, contando:

- Mamãe, eu comi tudo o "lancheira" pra ficar forte.

(Imagino que ela quis dizer "lanchinho" ....)

03 de abril de 2006

As divagações sonolentas do Tatu

Quando o Tatu começa a ficar sonolento, começa a dizer coisas sem sentido. Acho que alguns neurônios do cérebro dormem primeiro que o corpo dele. Só pode. Não existe outra explicação para divagações absurdas como esta:

- Ficou gostosa essa sopa com ervilha, né? - Ele disse.
- Qualquer dia quero uma de lentilha. (Me arrependi amargamente de ter dito essa frase):
- Que nome mais besta 'lentilha'.
- Por que? (Não sei porque me atrevo a tentar um diálogo quando ele está sonolento assim)
- Porque é muito besta. Lentilha tinha que ter outro nome.
- ... (Silêncio) - (Eu tentei ficar quieta pra ver se ele deixava o assunto pra lá, mas não teve jeito...)
- Lentilha devia ser chamada de Feijão.
- Mas lentilha não é feijão...
- É sim... Devia chamar 'Feijão alguma coisa'. Não tem 'feijão carioca', 'feijão fradinho'?... Então ... lentinha devia se chamar 'Feijão Discóide'.
- Mas lentilha não é feijão!!!!
- Não é da familia dos feijões?
- Não
- E de qual família é?
- Ervilha. (nem sei, mas se eu não dissesse nada, ele ia me mandar pesquisar na net.)
- Hun... por isso que chama lentilha... ervilha, lentilha...
- (silencio) - (Agora que ele entendeu - pensei - o assunto acabou e ele vai dormir)
- E lentilha dá em árvore?
- Não.
- E ervilha?
- Também não.
- Como nasce então?
- Igual o feijão.
- Ah-ha!! Viu? É tudo feijão!
- Não, não é feijão.
- É tudo bolinha que nasce embaixo daquela 'coisinha'...
- (Silêncio) - (Deus do céu... de que 'coisinha' ele tá falando??)
- Devia chamar 'feijão alguma coisa'...
- Mas não é feijão!!!!
- Mas lentilha é um nome muito feio! Parece nome de bicho que dá na cabeça. 'Estou com a cabeça cheia de lentilha'...
- (Silêncio) ... segurei uma gargalhada... se eu demonstrasse interesse, ele ficaria mais meia hora divagando...)
- É igual macaxeira. Que nome mais besta! Dá vontade de xingar:

- Você quer macaxeira?
- Vai tomar no c... você!!

- Amor, dorme, por favor! (Resolvi apelar antes que ele iniciasse outra divagação sobre o nome da macaxeira)...
- Então arruma outro nome pra lentilha.
- Se eu arrumar, você fica quietinho e dorme?
- Ahn-ran.
- 'Disquilho'.
- Isso!!! (gargalhada). Lentilha devia se chamar disquilho! (mais gargalhada, se virando pra dormir)... Amanhã eu ligo lá na Embrapa e sugiro pra mudar o nome.
- Tá. Amanhã você liga... Dorme bem, amorzinho... (Ufa! Até que enfim esse filho da p... vai ficar quietinho e dormir!)

PS: Eu sei que você vai ficar bravo, mas eu avisei que ia colocar aqui. Agora você vai pensar 2 vezes antes de me encher tanto o saco com sua 'lentilha'...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Só pra constar...


Eles pensam que a maré vai mas nunca volta
Até agora eles estavam comandando o meu destino
e eu fui, fui, fui, fui recuando, recolhendo fúrias.
Hoje eu sou onda solta e tão forte
quanto eles me imaginam fraca
Quando eles virem invertida a correnteza,
quero saber se eles resistem à surpresa,
quero ver como eles reagem à ressaca.


(Joana, na peça Gota d'água. Escrita por Chico Buarque e Paulo Pontes - uma releitura de Medeia, de Euripedes)

Mamá de bicho?

Desde que parei de amamentar, a Mel só mama Mucilon de milho. Há alguns dias atrás eu resolvi mudar um pouco o mamá, para que ela não enjoasse de mamar sempre a mesma coisa. Devido aos problemas de pele que ela tem, resvolvi tentar o mamá de aveia, pois me disseram que ela 'refresca' a pele.

Mamá feito, entreguei pra ela, ansiosa por saber qual seria sua reação.

Ela pegou o mamá na mão e ficou observando os pontinhos pretos da aveia se acumularem no fundo da mamadeira, intrigada. Depois de alguns minutos só olhando o mamá, ela perguntou, mostrando os pontinhos:

- É bicho?

- Não, filha... é um mamá diferente que a mamãe fez pra você.

- Mamá 'difeenti'?

- Sim, filha.

- Não é bicho?

- Não, filha, pode mamar, não é bicho.

Depois de mais alguns minutos balançando a mamadeira e vendo os pontinhos pretos se moverem de um lado para o outro, ela enfim resolveu encarar a mamadeira. E mamou tudo de uma vez só.

Quando ela acabou, eu comentei, empolgada:

- Gostoso esse mamá, né filha?

E ela, muito amistosa:

- É mamãe. É gostoso mamá bicho...

SHUASHUASHUA


10 de maio de 2006

Tiras / Gibóia

Sou louca por tiras.

Quem me conheceu há uns 9 anos sabe que eu até já criei uma turma de personagens em quadrinhos, a Turma da Gibóia. Eu criava as tiras para um jornal de Ivaiporã, na época em que fazia Faculdade... (às vezes dá uma saudade...)

Eu colocaria as tiras da Gibóia aqui pra vocês verem, se elas não fossem tão ridículas.



quarta-feira, 4 de junho de 2008

Confusão de Ótica

Estávamos voltando da cidade dos meus pais há alguns dias quando a Mel enxergou, através do vidro do carro, diversas vacas pastando. Eram centenas delas e todas brancas.

Ela deu um gritinho e falou:

- Olha mamãe... quanto au-au!

- Não é au-au, filha, é vaca.

- Vaca, mamãe???

- É, filha, é vaca.

- Olha papai, quanta vaca!

- É filha, um monte de vacas!

Dias depois, estávamos brincando na garagem de casa quando passou um cachorro branco. A Mel não se conteve:

- Olha, mamãe... outra vaca!

SHUASHUASHUA

09 de maio de 2006

Ser mãe...

Alguém disse uma vez e eu confirmo:

"Ter um filho é uma decisão muito séria. É decidir
ter, pelo resto da sua vida, seu coração batendo fora do corpo."

O que o frio faz com as pessoas

Sempre odiei sair no frio. Hoje, observando a mim mesma e meus colegas de sala, pude perceber o quanto o frio nos deixa ridículos:

O João (o autor do 'cerroba') foi pra faculdade de pijama.

A Leila estava mais gorda, por estar com duas calças.

Uma outra aluna estava com um cachecol que parecia ter saído de uma floreira.

A Vanessa estava com um gorro e uma blusa, ambos roxos. Quando ela quis fazer uma pergunta ao professor, ele disse: 'fala, uva!'

E eu... Bom, eu estava com o meu quentinho tênis branco/rosa/cinza/prata/xadrez horroroso.

A Mel e seu primeiro Ovo de Chocolate

Eu fui buscar a Mel na Escolinha e ela estava lá, com o ovo de Páscoa (embrulhado ainda) nas mãos. Eu me assustei. Ela é completamente louca por chocolate. Logo imaginei que ela não fazia a mínima idéia do que tinha nas mãos... E eu estava certa.

Antes de contar do que era feito o ovo, eu resolvi descobrir o que se passava dentro da cabecinha dela:

- Filha, você sabe o que tem aí dentro? (eu perguntei, apontando para o ovo)
- Ovo, mamãe.
- Mas que ovo, filha?
- Ovinho, mamãe, de comer.

Ehh. Eu estava certa. Na cabecinha dela, ali dentro tinha um ovo enorme de galinha. :o

Então eu comecei a explicar:

- Filha, o ovo que tem aí dentro é de chocolate.
- 'Culati', mamãe?? (Ela ficou olhando para o ovo, incrédula)
- Sim, filha, chocolate.

Ela continuou repetindo a pergunta até chegarmos em casa (por mais que eu afirmasse que o ovo era de chocolate, ela parecia não acreditar que existisse um chocolate tão grande... :)

Quando chegamos em casa eu sentei no chão com ela e comecei a abrir o ovo. Quando cheguei na parte de alumínio, ela exclamou um "Ooohhh"... e eu pensei: ' nossa... imagina quando ela ver que é de chocolate mesmo'...

Quando eu tirei o papel alumínio e ela viu o ovo de chocolate... Ela pirou.

Ela soltou um gritinho:

- Aaahh... mamãe... é chocolate!
- É, filha. A mamãe disse que era de chocolate (não resisti. Mamãe sabe tudo.)

Aí bateu o egoismo:
- Me dá, mamãe. Me dá mamãe.
- Espera filha, a mamãe também quer. (Quando eu vejo chocolate boto minhas garras de fora. Deus, que espécie de mãe eu sou??)
- Me dá aqui mamãe. Me dá.
- Espera filha, a mamãe só vai pegar um pedacinho...

Mas aí achei que não seria justo. O ovo era dela, ela tinha que dar a primeira mordida. Então dei o ovo inteiro pra ela (considerem isso um milagre) e aproveitei pra tirar umas fotos dela se esbaldando em tanto chocolate.





Depois que ela comeu um tanto razoável, ela ficou generosa de novo. Aí ela queria levar um pouco de ovo pra filhinha da vizinha, que tem a mesma idade dela e estuda na mesma Escola. Aí já é demais. Dividir um ovo com uma criança é até aceitável. Mas duas??? Tive que intervir:

- Não, filha... divide com a mamãe. (Vocês ficariam horrorizados com o que eu sou capaz de fazer quando quero chocolate).

Como ela já tinha comido um monte, ela deu mesmo. Tão ingenua.... rsrs.

E a filhinha da vizinha dançou! (Desculpa, Natalia, mas você ganhou um ovo da Escolinha inteirinho só pra você... a mamãe da Mel, não... )


14 de maio de 2006

terça-feira, 3 de junho de 2008

Tênis

Há poucas coisas que eu odeio tanto quanto tênis. Não suporto, acho a coisa mais horrível do mundo... Mas não sei por que, eu sempre acabo comprando uns. E ficam lá... jogados... esquecidos... não uso nunca! Sempre me arrependo de ter comprado... Não consigo combinar com nada!

Esses dias, meu namorado me levou a uma loja de tênis e me mandou escolher um. Depois de dar várias voltas em torno das prateleiras sem achar nada que fosse interessante, achei um pretinho, discreto, que eu talvez fosse capaz de usar.


Mas aí:

- Talvez esse aqui!
- Você gostou desse? (Falando bem alto e pegando o 'tenis' na mão, pra todo mundo ver)... Foi desse tênis que você gostou?

- Anran!
- ... Só que isso não é um tênis, meu bem! É uma chuteira de futebol de salão!!
- ...

Graforr... o quê???

Graforréia Xilarmônica.

Não, não é palavrão. Também não escrevi errado. O nome é esse mesmo.
Graforréia Xilarmônica.
É o nome da banda gaúcha que canta a música que a Mel mais gosta: 'Amigo Punk'

Aqui vai a música, a letra original, a versão da Mel e... o que ela entende:


Graforréia Xilarmí´nica - Amigo Punk


Letra Original:

Amigo punk, escute este meu desabafo
que a esta altura da manhã
já não importa o nosso bafo

pega a chinoca, monta no cavalo
e desbrava essa coxilha
atravessa a Osvaldo Aranha
e entra no parque farropilha

Amanhecia e tu chegavas em casa com asa
a tua mãe dá bom dia e se prepara
pra marcar o gado com o ferro em brasa
e não importa se não tem lata de cola
eu quero agora é sestear nos meus pelego
com meu cavalo galopando campo aforao
meu destino é woodstock mas eu chego
aonde eu ouço a voz da cordeona
já escuto o gaiteiro puxando o fole
vai animando a gauderiada no bolicho
enquanto eu sigo detonando o hardcore


A versão da Mel, com a tradução (segundo o entendimento dela):

" Ah, ah, ah... La, laruara... lauê...

Amigo Punk (Punk é o nome do amigo de quem está cantando)
Escuta este meu 'tibaco' (sovaco)
Que a esta altura da manhã
Já não importa o nosso bafo

Pegue a 'Chi Bota' (um tipo de sapato)
Monta no cavalo e 'es brava esta conchinha' (uma conchinha brava)
Atravessa 'os vale aranha' (aranha, o inseto)
E entra no parque 'farro pilha' (pilha, de controle remoto)

Amanhecia e tu chegavas em casa com asa (voando)
A tua mãe dá bom dia
e se prepara pra 'matar o gato com o ferro e brasa' (shuashuashua)

E não importa que não tem lata de cola (cola Tenaz, pra usar no caderninho)
Eu quero agora 'seestilala nosmeu teleiro' (enrolation)
Com meu cavalo galopando campo a fora
O meu destino é 'udistoqui' mas eu chego (ela não sabe o que é Woodstock... e por enquanto, é melhor assim, mesmo)

Aonde eu ouço a voz da 'cor de iona' (uma cor desconhecida)
Já escuto o 'gateiro' (um homem que tem muitos gatos)
puxando o fole (ela canta certo, mas não sabe o que é...)
Vai animando a 'ganeianana boiiiiicho' (enrolation)
Enquanto eu sigo 'detonanono rar ióóree' (enrolation)


Não é uma gracinha o jeitinho como ela entende a música? Eu não conseguia entender porque ela gostava tanto até perguntar pra ela o que a música falava. Daí ficou claro: Na cabecinha dela, a música fala de um amiguinho, de cavalo, aranha, cola, cor, gato... pra ela, parece música de criança!

Ahhh. e ela canta isso umas 278 vezes por dia...

Os estranhos planos da Mel

- Mãe, quando eu crescer, eu vou pra outra escolinha, daí vou fazer catequese, vestibular e depois estudar faculdade igual você!
(pausa para a mamãe rir: o que a catequese tá fazendo ali no meio??)
- Que legal filha! E você quer fazer faculdade de quê?
- O que?? (cara da Mel de 'Tô chocada')
- Tipo, a gente faz faculdade pra ser alguma coisa: médica, professora... o que você quer ser?
- Ah, eu não quero ser nada, mãe. Só quero escrever igual você...

SHUASHUASHUA... Então tá! :)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Mais ídéias da louca perfeccionista...

Copiando o blog do spaces prá cá eu percebi uma coisa:

Esse blog, no começo, falava muito pouco de mim, e mais das gracinhas da Mel e outras criancinhas.

Agora, virou uma salada: histórias da mamãe, do Tatu, anorexia, guerra.... Bom, então eu decidi uma coisa: Pelo menos da Segunda Guerra, eu não vou falar aqui. Vou fazer outro blog, só pra falar disso.

Acho que fica muito pesado. Tipo, no título: 'Rir é o melhor remédio' e aí, embaixo, postagens falando de guerra. Nada a ver... :/

Por que eu tenho que ser sempre tão perfeccionista??

Com essa mudança de spaces para blogger, eu não sei o que fazer com algumas fotos que tenho no álbum do spaces. Algumas dá pra colocar entre as postagens, outras não... Algumas vão ficar totalmente sem sentido, simplesmente colocadas, assim, no meio das postagens.

Mas por que é que tem que ter algum sentido?? Por que é que eu não posso simplesmente jogar as fotos aqui, de qualquer jeito?? Por que tenho que ser tão perfeccionista??

Que droga!

Mas vou tentar.... vou colocar algumas fotos do álbum aqui e ver quanto tempo eu vou conseguir deixar este post sem sentido no ar. :/

.................................


A Mel e eu, no lago igapó... neste dia fiquei muito surpresa: foi a primeira vez que ela pediu para ir a algum lugar. Estávamos saindo do trabalho, em um sábado, e quando entrávamos no carro ela parou, olhou pra mim com os olhinhos brilhando e disse:
- Mamãe, vamu tomá coco?
..............................

Logo que a Mel começou a ir pra Escolinha, ela ficava muuuuito cansada. Então ela ficava sentada na sua cadeirinha, na cozinha, enquanto eu fazia a janta. Eu geralmente fica conversando com ela, mas não tinha jeito: eu me distraía um minuto e quando olhava prá trás, ela já estava assim! :P

.............................
(Como vocês puderam perceber, não consegui simplesmente jogar as fotos aqui.... tive que contar a historinha....) Ahh... e as fotos que não tem historinha pra contar, ficararam fora do blog... :( ... Só porque eu sou uma louca perfeccionista!!
.............................
By Gisa