terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Adeus

Nao è uma homenagem, porque acho que homenagens devem ser feitas em vida. Eh uma vontade de entender, è um pedido de perdao, è uma forma desesperada de dizer o que estou sentindo, na - talvez inutil - esperança de que voce possa me escutar, onde quer que voce esteja.

Eu me pergunto porque voce nao pediu ajuda... ou se voce pediu e eu nao entendi... Todas aquelas perguntas anos atràs sobre paraiso, inferno, vida apòs a morte, perdao... eu pensava que fosse sò curiosidade mòrbida, mas talvez voce estivesse gritando por ajuda. Perdao, 'Pochacho', perdao minha linda, porque eu nao entendi. Voce era tao cheia de vida, tao linda, tao sorridente, tao extrovertida... eu nao podia imaginar que dentro de voce pudesse ter tanta angustia...

Ou a angustia veio depois? Quando foi que voce deixou de sorrir de verdade? Por que voce voltou à Europa, por que a gente insiste em voltar pra esse lugar que nao pode nos oferecer nada, a nao ser sofrimento? Por que voce nao ouviu seu pai? Por que nao ficou em nossa cidade natal?

Alguèm poderia ter percebido o que estava acontecendo? Por que sua companheira nao pediu ajuda? Por que, por que, por que...

Os "por ques" nao importam mais... nada vai trazer voce de volta. O que fica è um vazio, uma pergunta sem resposta, uma culpa de 'nao sei o que' e uma saudade...

Fica com Deus amiga, fica com Deus. Que voce possa ter encontrado a paz, que acho ser o que voce procurava. E que tenha um "piuito" pra voce, onde quer que voce esteja. E que voce possa recebe-lo com aqueles olhos grandoes e cheios de alegria, como voce fazia hà 24 anos atràs.

Me perdoa por nao estar perto de voce.

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By Gisa